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GUAPÉ REAJUSTA TARIFA DE BALSA EM 58%

A Prefeitura de Guapé reajustou em 58,47% o preço das tarifas da balsa que faz a travessia entre o município e São José da Barra e diminuiu o horário do serviço, que deixa de ser operado durante 24 horas e passa a funcionar entre 4h e 21h. Os valores variam de R$21,70, para motocicleta e veículo de tração animal até R$182,20, para carreta. Os preço para carros de passeio é de R$34,80. Moradores de Guapé e turistas reclamaram, em rede social, do reajuste na tarifa.

Segundo o prefeito de Guapé, Nelson Lara, o aumento no valor da tarifa, feito por meio de decreto publicado em 17 de março, tem como objetivo reequilibrar os custos em função do reajuste no valor dos combustíveis, da inflação e de gastos com manutenção, como funcionários, por exemplo. Lara também afirma que não há diferenciação de preços para moradores, trabalhadores que utilizam o serviço de forma recorrente ou turistas.

“A balsa é uma concessão de muitos anos e o único erro da empresa responsável pela travessia foi não ter feito o reequilíbrio há mais ou menos um ano. Então, vendo que pela inflação atual tem serviço reajustando a cada 90 ou 180 dias, a empresa foi aguentando o quanto pode para manter os preços e por isso a população assustou. Fazia quase um ano desde o último reajuste e, desde então, o preço do diesel dobrou. Além disso, antes, tinha exigência de ter apenas dois marinheiros e hoje, são necessários três e eles não vão trabalhar por um salário-mínimo”, disse o prefeito.

Ele relata que a situação da empresa está difícil e que ela não queria reajustar muito, tanto é que, se fosse para alinhar de forma proporcional à inflação, o valor seria maior. Segundo ele, a empresa já teve que comprar peças com recursos próprios para realizar manutenção e não deixar a balsa parada, entre outras situações, o que seria motivo para pensar em entregar a operação das embarcações para a prefeitura. O prefeito disse que as balsas que operam em Guapé são de Furnas, que fornece a manutenção, mas terceiriza esse serviço em forma de concessões.

Segundo Lara, a prestação do serviço deve funcionar de modo sustentável e, por conta disso, foi feito um decreto para suspender o funcionamento da balsa por 24 horas e limitar o serviço das 4h às 21h, de forma provisória.

Segundo ele, esse novo modelo traz mais segurança aos marinheiros, pois eles ficavam a noite inteira para passar apenas cerca de três carros pela balsa.

De acordo com o prefeito, a prefeitura e a Câmara estudam a adoção de medidas para que as balsas voltem a funcionar durante 24 horas “Peço apenas colaboração porque, diante de toda essa situação, tem gente que entende, mas tem pessoas que não. Então é possível ver até agressões verbais e atitudes do tipo que não colaboram para o problema. É necessário compreensão nesse momento que está difícil para todos”, disse.