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MÉDICA RECUSA CONVITE PARA ASSUMIR MINISTÉRIO DA SAÚDE

A cardiologista Ludhmila Hajjar comunicou na manhã desta segunda (15) ao presidente Jair Bolsonaro que não aceita assumir o Ministério da Saúde.

Os outros nomes cotados para o cargo agora passam a ser os do cardiologista Marcelo Queiroga e o do deputado federal Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), o “Doutor Luizinho”. Ele preside a comissão especial do Congresso que acompanha a Covid-19.

Ludhmila se reuniu no domingo (14) por quase três horas com o presidente. O atual comandante da pasta, Eduardo Pazuello, participou do encontro, em que a médica foi consultada se aceitaria suceder o general.

Ministros, auxiliares do presidente e políticos que defendiam a cardiologista no Ministério da Saúde tentaram reverter a situação nesta manhã.

Havia uma crença de que ela acabaria aceitando o que chamavam de missão de comandar a Saúde, por ter se entusiasmado, num primeiro momento, com a possibilidade de ir para o governo quando foi convidada para conversar com Bolsonaro.

No diálogo de domingo, todos os temas da epidemia da Covid-19 foram tratados, especialmente a necessidade de apoio a medidas duras de isolamento social para frear a epidemia do novo coronavírus, a urgência da vacinação em massa da população brasileira e tratamentos precoces, defendidos por Bolsonaro mas ainda não confirmados por estudos científicos.

A médica tem sido uma defensora da necessidade de vacinação urgente, participou de estudos que desmentiram a eficácia de algumas drogas e apoia o isolamento social.

Não houve, no encontro, consenso sobre como o Ministério da Saúde poderia passar a tratar desses temas e gerir as políticas para o combate à Covid-19.

O nome dela era defendido de forma enfática pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, por outros parlamentares, por diversos ministros do governo Bolsonaro e por magistrados do STF (Supremo Tribunal Federal).

Ludhmila é cardiologista e se especializou no tratamento da Covid-19.