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MG TERÁ R$ 210 MILHÕES PARA VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA

Após a confirmação da morte de uma pessoa por febre amarela, Minas Gerais vai receber investimento de R$ 210,7 milhões para ampliação da vacinação no estado até 2026. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES), serão liberados neste ano R$ 105,3 milhões. O montante será repassado ao Fundo Estadual de Saúde aos Fundos Municipais, com primeira parcela no valor de R$ 41,9 milhões.

O investimento segue em 2026 com repasses fixos e variáveis, a depender do cumprimento das metas de cobertura vacinal em cada município. O valor, anunciado na manhã desta quarta-feira (12/02), foi pactuado durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e será destinado ao Programa Mineiro de Imunizações (PMI), criado em 2024.

“A nossa Secretaria de Saúde tem dado todo o apoio, suporte e orientação para que possamos fazer esse combate de forma efetiva, em diversas frentes”, declarou o governador Romeu Zema (Novo). “Estamos fazendo o nosso melhor, que está ao nosso alcance, nessa luta”, completou.

Vacimóvel

Uma vez que a principal forma de prevenção contra a febre amarela é a vacinação, um dos grandes aliados é o Vacimóvel: veículo adaptado para funcionar como centro de vacinação itinerante.

“O Vacimóvel tem levado a vacina onde antes ela não chegava. Muitas pessoas raramente vão à cidade, então o Vacimóvel acaba atingindo esse público que antes não era atendido e não tinha acesso à vacina”, declarou o governador.

A medida é importante principalmente para comunidades rurais e distantes de centros urbanos, mas também leva Imunização para locais de grande circulação de pessoas, como praças e rodoviárias. O objetivo é promover a busca ativa pelo público que ainda não recebeu a vacina.

A vacina da febre amarela está disponível nos postos de saúde para a população entre 9 meses de idade até 59 anos.

“vamos continuar fazendo ações em escolas e creches, em especial, além de usar o Vacimóvel. Não só para convencer pais de que é necessário realizar a vacinação, mas porque é importante formar pessoas com a consciência de que a vacinação é a saída já descoberta a décadas para o fim de doenças imunopreveníveis”, declarou Fábio Baccheretti, secretário de Saúde de Minas Gerais.

Carnaval

A SES reforça que a imunização é necessária para todos os viajantes pelo menos 10 dias antes da viagem para que haja proteção adequada.

Febre amarela em Minas

No dia 2 de fevereiro, o Ministério da Saúde divulgou um alerta sobre o aumento de casos de febre amarela em Minas Gerais e em outros três estados: São Paulo, Roraima e Tocantins. Segundo o documento, foram registrados nove casos em humanos e 33 em macacos em todo o Brasil. Uma nota técnica recomendando intensificação de ações de combate à doença foi enviada às Secretarias de Saúde.

Desde o inicio de 2025, Minas Gerais registrou um caso de febre amarela em humano: um morador de Extrema, no Sul de Minas, que teve a morte confirmada no dia 3 deste mês. A suspeita é que a contaminação tenha sido no sítio do paciente, localizado próximo à cidade de Itapeva, também no Sul de Minas.

Conforme o governo estadual, recentemente foi determinado que o município era uma “área de epizootia”, ou seja, foi registrada a contaminação de um número de animais ao mesmo tempo, podendo, ou não, levar à morte desses. Além disso, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) investiga um possível caso de febre amarela em um trabalhador rural de Timóteo, no Vale do Mucuri. O homem, que teria sido vacinado recentemente, apresentava sintomas de febre, dor abdominal, náuseas e vômitos.

Ainda este ano, a SES-MG registrou um caso confirmado de febre amarela em um primata não humano, em Toledo, no Sul de Minas. Em 2024, foram dois casos da doença em humanos, sendo que um deles resultou em morte, e outros sete, em primatas não humanos.

A SES-MG destaca que a vacinação é a melhor forma de prevenir a febre amarela. Dados mais recentes mostram que a cobertura vacinal em Minas Gerais está em 86,3% – a meta estabelecida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde é de 95%