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MOSQUITO DA DENGUE PODE PICAR ATÉ POR CIMA DA ROUPA

Um experimento realizado pela Universidade Federal de Lavras (Ufla) mostra que o Aedes Aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika víruspode picar até mesmo por cima da roupa.

O estudo, desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa Biomética (Nupeb) da instituição, indica que mesmo sob tecidos a fêmea do mosquito pode picar devido ao tamanho do aparelho bucal.

“Esse inseto, essa fêmea, tem a capacidade de se alimentar mesmo a gente com roupa, porque ela tem o aparelho bucal longo. E, em contato com o tecido que está sobre a pele, ela consegue fazer com que o aparelho bucal atravesse a roupa, aquele tecido, e ela consegue se alimentar do sangue”, explicou a coordenadora do Nupeb-Ufla, Joziana Barçante.

A possibilidade do mosquito contaminar com a picada através da roupa, liga o sinal de alerta para o uso correto do repelente.

De acordo com a coordenadora do Nupeb-Ufla, a forma correta seria fazer o primeiro uso do repelente antes de vestir as roupas e depois, uma nova colocação, já com as vestimentas.

“Quando a gente fala de repelente, indiscutivelmente passar sob as áreas descobertas é o mais importante, pois é o que está mais atrativo para a fêmea desse inseto. Mas, como sabemos que mesmo com a roupa esse inseto vai ser atraído, é importante que antes de vestirmos a blusa e a calça, a gente passe o repetente no corpo e, assim que terminar esse repelente, vestir a vestimenta habitual para também evitar um pouco mais o contato com o inseto”, pontuou Joziana Barçante.

Os testes para a realização do experimento foram feitos com insetos não contaminados, criados em laboratório.

Dengue no Sul de Minas

Conforme dados divulgados esta semana pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o Sul de Minas chegou a 56,6 mil casos de dengue confirmados no Sul de Minas – veja os dados da região.

Varginha, que tem mais de 11 mil casos confirmados, segue puxando a fila de confirmações. Só nesta semana, foram +1.119 na cidade. Três Corações (+774), Boa Esperança (+408) e Cruzília (+356) aparecem na sequência como as cidades onde a doença mais aumentou.