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MP OFERECE NOVAS DENÚNCIAS SOBRE CRIMES ELEITORAIS EM PASSOS

O Ministério Público ofereceu denúncia contra oito pessoas por seis crimes de falsidade ideológica eleitoral na conclusão da 2ª fase da Operação Integridade, que investiga crimes eleitorais nas últimas eleições em Passos (MG).

Em janeiro, o MP já havia denunciado oito pessoas pelo crime de associação criminosa e por 51 crimes de corrupção eleitoral ou compra de votos em favorecimento a uma vereadora eleita. Na ocasião, a vereadora Aline Gomes Macedo de Souza, a Aline do Social (PL), estava entre os denunciados.

Conforme o MP, após a realização de diligências investigatórias voltadas à apuração de sonegação de receitas e despesas na prestação de contas de campanha à Justiça Eleitoral, foi concluída a segunda fase da operação, com a apresentação de nova denúncia à Justiça pela prática de seis crimes de falsidade ideológica eleitoral.

Investigação

De acordo com as investigações, durante o período eleitoral no ano passado, uma vereadora eleita teria se associado a outras sete pessoas com o objetivo de praticar crimes de corrupção eleitoral. Aline Gomes Macedo de Souza, a Aline do Social (PL), acabou sendo eleita como a vereadora mais votada na cidade, com 3.014 votos.

Segundo o MP, o grupo é suspeito de aliciar eleitores com oferta de dinheiro em troca do voto, realizar propaganda de boca de urna e afixar material irregular de divulgação da candidatura nos veículos e residências de eleitores aliciados.

A operação revelou a existência de associação criminosa constituída para a prática de crimes de corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral e propaganda eleitoral, no dia da eleição, no pleito de 2024.

No dia 9 de janeiro, equipes do Ministério Público cumpriram mandados de busca e apreensão domiciliar em endereços dos investigados. Ainda conforme o MP, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão na cidade de Passos e um em Ribeirão Preto (SP).

Ao longo da investigação, o Ministério Público também requereu a prisão preventiva de três investigados, mas o pedido não foi acatado pela Justiça Eleitoral.

No lugar da prisão preventiva, foram decretadas medidas cautelares de comparecimento bimestral em juízo, proibição de contato com outros investigados e testemunhas, proibição de se ausentar da comarca de sua residência sem prévia autorização judicial, recolhimento domiciliar no período noturno e em finais de semana, além da entrega dos passaportes.

A advogada da vereadora Aline Macedo, Thaís Buzato, informou que como não teve acesso à denúncia mencionada na matéria, não conhece seu conteúdo, o que inviabiliza a manifestação neste momento. Ela disse ainda que caso a vereadora Aline seja denunciada por algum fato, a defesa vai se manifestar nos autos no momento oportuno para comprovar sua inocência, tendo em vista que sua vida pública sempre foi pautada na honestidade, ética e integridade.

Ainda segundo o MP, as investigações prosseguem.