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PODER DA REDE SOCIAL SUPERA APOIO POLÍTICO, DIZ ESTUDO

A aposta no poder das redes sociais para impulsionar as campanhas eleitorais supera a importância de apoios de autoridades estaduais e federais na avaliação de prefeitos que buscam a reeleição neste ano.

De acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), 83% dos gestores apontaram que a divulgação em perfis particulares traz melhores resultados. O peso de aliados foi destacado por 74,3% dos prefeitos ouvidos. O tradicional corpo a corpo ficou em terceiro lugar com 71,8%.

O estudo da CNM foi feito com base nas respostas de 80% dos gestores municipais que poderão tentar o segundo mandato em 2024, foram 2.753 de um total de 3.450.

Outro dado que chama a atenção na pesquisa é o fato de que um terço dos prefeitos mudaram de partido para o pleito deste ano. Ao todo, 34% daqueles que estão à frente de prefeituras no país confirmaram a alteração da filiação em função da disputa de outubro.

A maioria dos prefeitos que confirmaram a troca de legenda em busca da reeleição em 2024 escolheu migrar para o PSD. Com 189 ingressos e 63 saídas, o partido ficou com saldo positivo de 126. Em seguida, vem o MDB, com mais 53 filiados, o Republicanos, com 40 novos integrantes, o União Brasil com saldo positivo de 30 prefeitos, o PT, com mais 19, e o PL, com 13 novos filiados.

Quando analisados os números por região, o estudo da CNM revela que o percentual de prefeitos que pretendem se reeleger é superior na região Norte (98%) e Nordeste (93%).

Já nos municípios do Sul, o percentual está bem abaixo da média nacional de 89% (80%). Também é a região Sul, seguida do Sudeste, a que apresentou o percentual mais elevado de prefeitos que não pretendem concorrer à reeleição (13% e 8%).

Além dos apontamentos feitos com base na intenção de concorrer no pleito de outubro, a Confederação Nacional de Municípios fez uma avaliação dos desafios enfrentados pelos prefeitos na gestão de 2021 a 2024. “O principal foi marcado pela política de enfrentamento à pandemia coronavírus, que exigiu da gestão municipal grandes esforços na área de saúde para a proteção da população”, detalhou a entidade na pesquisa.

O outro desafio informado pela CNM também tem relação com as consequências da pandemia. “Segundo foi marcado pelo efeito pós-pandemia nas finanças que, combinando um aumento generalizado de despesas e a redução da arrecadação, levou os entes municipais em 2023 a pior crise fiscal em décadas”, resumiu.