PROFESSORES DO ESTADO DECIDEM HOJE SE ENTRARÃO EM GREVE
Os professores da rede estadual decidem nesta quarta (07) o rumo das aulas presenciais nas escolas de Minas Gerais. Durante a manhã, o conselho-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) se reúne para deliberar se haverá ou não greve sanitária.
Na semana passada, o Sind-UTE já havia orientado os pais contra o envio dos estudantes às instituições de educação, portanto há uma maior tendência de paralisação sanitária.
O encontro acontece pela manhã, de maneira on-line, e uma definição do sindicato deve acontecer à tarde. “O retorno presencial nesse momento implica em risco de vida e de saúde para profissionais, estudantes e toda comunidade escolar”, informou o Sind-UTE/MG em nota.
A categoria publicou duas notas de pesar nesta semana por conta das mortes dos professores Maria Aparecida Maia Chelone Aleixo, de 62 anos, e Weine Franca Oliveira, de 54, duas vítimas do novo coronavírus.
Decisão do estado
A decisão do Comitê Extraordinário COVID-19 do governo Romeu Zema (Novo) é pelo retorno dos alunos de maneira presencial a partir de três cenários. As cidades da onda vermelha do Programa Minas Consciente, por exemplo, só retomam a oferta do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Já os municípios que seguem em onda amarela ou verde permanecem com o expediente das turmas de 1º a 5º ano, que já haviam retornado, e voltam também 3º ano do ensino médio e 9º ano do fundamental. As prefeituras que progrediram para amarela retornam as atividades para os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano); 3º ano de ensino médio e 9º ano do ensino fundamental.
Diariamente, a Secretaria de Estado de Educação atualiza a lista de escolas que podem voltar a oferecer o serviço de maneira presencial. Mais de 1 mil instituições já fazem parte da relação. As aulas de fato, porém, só começam na segunda (12), já que há um período para adaptação das unidades para recebimento dos alunos.
A retomada depende de cada município. Portanto, caso alguma prefeitura queira emitir ou já tenha um decreto que restrinja o funcionamento presencial das escolas, a volta das aulas in loco pode continuar suspensa.
“É uma retomada extremamente segura, não há organização de qualquer escola da rede estadual se não cumprir o checklist, já preparado por cada escola. Temos 3.167 escolas com esta checagem já realizada, ou seja, 90% da nossa rede”, disse a secretária de Estado de Educação, Júlia Sant”Anna, quando o estado autorizou o retorno.